Diferença vacina Sus e Particular – Parte 2

Quem acompanha o blog sabe que há um tempo fizemos um post (link) explicando algumas diferenças entre as vacinas aplicadas pelo SUS e pela rede particular. Hoje daremos sequência ao assunto, expondo ainda mais razões para você procurar uma clínica privada na hora de se vacinar ou levar seus filhos.

Para começar, gostaríamos de esclarecer que em momento algum colocamos em dúvida a segurança e a qualidade das vacinas da rede pública, queremos apenas informá-los sobre alguns benefícios que encontra apenas em clínicas particulares. Entenda:

As vacinas tríplices bacterianas protegem o bebê contra difteria, coqueluche e tétano, sendo que na rede pública está disponível a DTPw, que é feita a partir de células inteiras da bactéria. Já na rede privada, existe a versão DTPa (acelular, feita com proteínas). Caso seu bebê tenha tomada uma dose da DTPw e tenha apresentado febre alta por muito tempo, além de outras reações adversas, é recomendada a aplicação da DTPa.

Haemophiluis influenzae tipo B é uma bactéria que pode causar uma série de doenças infecciosas com complicações graves, como pneumonia, dor de ouvido, inflamação na epiglote, meningite e inflamação nas articulações. A vacina contra essa bactéria está disponível tanto na rede pública quanto na privada, porém, na rede privada há uma dose a mais, surtindo um efeito mais eficaz.

A vacina de rotavírus também é oferecida tanto na rede pública quanto privada. A diferença é que em uma clínica particular a vacina é pentavalente, ou seja, protege contra 5 sorotipos diferentes de rotavírus, sendo aplicada em três doses. Importante lembrar que bebês que iniciam a vacinação com uma determinada vacina devem idealmente terminar o esquema vacinal com o mesmo produto. Já na rede pública, ela pode ser monovalente, ou seja, proteger apenas contra um sorotipo de rotavírus, mas oferece proteção cruzada contra outro sorotipo (aplica-se em duas doses).

Outra opção são as vacinas pneumocócicas conjugadas, que protegem as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae (ex: pneumonia, meningite e otite média aguda). Na rede pública a pneumocócica conjugada (VPC 10) protege contra 10 subtipos de pneumococos. Em contrapartida, a vacina pneumocócica conjugada (VPC 13) irá proteger contra 13 subtipos de pneumococos e só é encontrada na rede privada.

Na rede pública a vacina influenza, que protege contra a gripe, só é oferecida até os 5 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) recomenda que todos sejam vacinados anualmente contra a influenza, independente da idade.

A vacina meningocócica conjugada C está presente na rede pública, enquanto a versão ACWY só pode ser encontrada na rede privada. Ambas previnem meningites.

A rede pública já oferece a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 11 anos, mas o benefício não se estende aos meninos, sendo que a Sociedade Brasileira de Imunização recomenda a eles também. Na rede particular os garotinhos também podem ficar imunes à essa doença.

A rede pública vacina as crianças contra a hepatite A com um ano de idade, mas na rede privada há uma segunda dose da vacina. Uma única dose desta vacina garante proteção até os 10 anos, mas não há certeza quanto à vida adulta. A segunda dose irá garantir a imunidade contra a hepatite A também na vida adulta.

A vacina varicela irá proteger as crianças contra a catapora. Contudo, a rede pública oferece apenas uma dose dela. O recomendado pela SBIM é que sejam aplicadas duas doses, sendo que a segunda é a que de fato irá proteger da doença.

Se você leu até aqui, conte-nos o quão esclarecedor esse texto foi para você por meio dos comentários. Vacinar é um ato de amor a si e aos seus.

Abraços do Dr. Aloísio e Valéria Proba

Fonte: http://bebemamae.com/

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